Casar com o amor da sua vida e ter uma história digna dos filmes açucarados de Hollywood. Quem nunca pensou nisso? Quem não idealizou algo tão sublime? Mas a célebre frase de Yoko Ono nos revela a realidade que muitas vezes se deparam em forma de soco no estômago: "Um sonho sonhado sozinho é um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade."
Foi exatamente o que viveu a life coach Vivien Poelzer após o primeiro ano de casamento com aquele que parecia ser o homem de contos de fada de qualquer mulher. Com um agravante: estava há milhares de quilômetros de distância, sozinha e projetando um relacionamento que logo depois ela percebeu que estava fadado ao fracasso.
Numa relação estável, que começou com a intenção de que fosse o mais duradoura possível, é claro que ambos caminham na direção de solidificar o casal. Espera-se que o amor seja para todo o sempre e por mais que se fique atento à evolução do relacionamento, o amor, o tesão, o interesse por perpetuar o vínculo pode acabar de um dos lados.
"Dói aceitar que acabou. Desde que começou a planejar a vida com a então pessoa amada, essa relação representou um desejo de felicidade, amor, união e projeto de vida comum. Abrir mão do relacionamento significa romper com toda a importância que isso já teve", ela conta.
Com apenas 20 anos, morando na Alemanha, sem família por perto, se deparou com um homem que se revelava pouco a pouco impaciente e agressivo. Mas que tentava compensar os episódios violentos com jóias e mil pedidos de desculpas. Mas como seguir com alguém em quem não se confia? Apesar da pouca idade, uma decisão e uma mudança: a separação depois de menos de 2 anos de casamento e a árdua missão de se reconstruir e reinventar após uma decepção. A fashion design e make-up artist decidiu que não deixaria um tombo determinar o resto da sua trajetória. Viu-se obrigada a lidar com todo o sentimento de impotência.
E se esse capítulo não teve o final esperado. Vivien estava certa de que o próximo a traria paz e felicidade. Dedicou-se à carreira e se tornou reconhecida e requisitada.
Com a consciência de que faz parte do processo ficar triste, frustrada, mas que teria que reduzir o período ao máximo. Não faz bem para ninguém nutrir raiva ou mágoa. E nada de se culpar. Assim, conseguiu um processo de reconstrução e estabilidade que trouxeram não só uma mulher fortalecida e decidida, mas também um novo amor e a tão esperada família feita de carinho e cumplicidade.
"Procure o equilíbrio, reveja suas necessidades acima de suas expectativas. Se decidir por ficar só não sinta culpa, é seu direito. Se optar por achar um novo par, faça-o com honestidade. Em suma, quanto mais tempo você olhar para trás ou para baixo, menos olhará para frente. E é pra frente que se anda", enfatiza Vivien.