Dólar
Euro
Dólar
Euro
Dólar
Euro

Amazon

Google e Amazon anunciam em sites citados por CPI da Covid como propagadores de fake news

Imagem de destaque da notícia

Daniel Rogers, co-fundador do Índice de Desinformação Global, (Global Disinformation Index, GDI, em inglês), explica: “A maior parte das pessoas usa a desinformação para fazer dinheiro, porque conseguir a atenção do público é lucrativo, e a melhor forma de conseguir isso é deixando as pessoas irritadas”. “Se a desinformação é criada para vender anúncios, então a melhor forma de diminuir esse tipo de conteúdo perigoso é torná-lo menos financeiramente lucrativo”, propõe. 

“Quando a gente fala na internet que o produtor, que é um site desinformativo, está ganhando dinheiro com a desinformação, a plataforma também está. A desinformação virou um modelo de negócios”, explica Leonardo de Carvalho Leal, um dos responsáveis pelo perfil Sleeping Giants Brasil, que busca desmonetizar conteúdo que consideram odioso ou desinformativo. 

Pesquisador avalia que é preciso cobrar responsabilidade pelo financiamento à desinformação

Além do Google e da Amazon, outras plataformas contribuem para a monetização de sites apontados por difundir conteúdos enganosos sobre a pandemia. A apuração da Agência Pública encontrou anúncios provenientes de empresas como Taboola, MGID, e Disqus nos sites investigados.

Para Fabio Bergamo, alguns sites estão deixando os anúncios do Google após decisões de desmonetizar sites acusados de desinformação. “É válido ressaltar que muitas dessas plataformas (para as quais os sites migram) têm suas sedes em países que são de difícil alcance para entidades jurídicas internacionais, então é difícil de combater isso”, acrescenta o pesquisador. 

Outra forma de garantir a sobrevivência financeira dos sites é mudar o  modelo de negócios. “Há uma forte tendência de migração para assinatura, porque eu acho que eles estão sacando que o cerco está se fechando e estão procurando outras formas”, explica Bergamo. 

Daniel Rogers, do Índice de Desinformação Global, aponta que é necessário cobrar a responsabilidade de todos os envolvidos no financiamento da desinformação. “Uma grande consideração que temos que ter acerca dessas empresas é que se elas são pagas pelos anúncios que colocam nos sites, recebendo uma parcela do valor, elas vão preferir que o gasto com anúncios seja maior, não menor. Existe um fundamental conflito de interesses aí”. 

Entre os dez apontados pela CPI como parte do núcleo de produção e distribuição das fake news, além dos seis já citados, constam na lista o Conexão Política, Brasil Paralelo, Crítica Nacional e Estudos Nacionais.

O relatório final da CPI da Pandemia segue para a Procuradoria Geral da União, onde aguarda análise de Augusto Aras, advogado-geral da União, a quem cabe a decisão de denunciar o presidente Jair Bolsonaro e outros agentes públicos com foro privilegiado citados. Os senadores também afirmaram que distribuíram o documento com o resultado das investigações para outras instâncias judiciais, a fim de agilizar a responsabilização de cidadãos comuns não dotados de foro. 

Fonte: Publica

Comentários

Leia estas Notícias

Acesse sua conta
ou cadastre-se grátis