DivulgaçãoO Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou que o sertanejo Sebastião Ribeiro de Almeida, o Gino, pode continuar a usar o nome "Gino e Geno" na realização de shows e gravações com a nova dupla, o cantor Mauro Avante. A decisão é de fevereiro.Geraldo Alves dos Santos, o então Geno, decidiu encerrar a carreira em dezembro de 2018 para "curtir a vida", como disse na época, e entrou na Justiça para tentar impedir que Gino e o novo parceiro seguissem utilizando o nome artístico dele.Relembre reportagem de 2019: Gino e Geno anunciam novo integranteSantos obteve a proibição liminarmente, mas, em fevereiro de 2019, a Justiça determinou que a nova dupla poderia continuar promovendo a marca "Gino e Geno".A empresa WM Shows, que representa a dupla, argumentou que o anúncio da separação causaria transtornos, visto que os cantores tinham uma agenda de shows previamente acertada para o ano.Santos voltou a se manifestar nos autos alegando "perda superveniente do objeto do recurso", já que as apresentações marcadas para 2019 foram realizadas.No entanto, a Justiça rejeitou a manifestação, ao considerar que a questão debatida é a continuidade de uso da marca “Gino e Geno”. Os desembargadores consideraram os prejuízos que Gino e a empresa poderiam sofrer com a proibição de uso do nome já consolidado no cenário musical:"Não há dúvida de que os negócios jurídicos firmados entre as partes podem sofrer impactos relevantes, uma vez que as contratações são realizadas em nome da dupla “Gino e Geno”, considerando a fama e prestígio da dupla no cenário artístico".A Justiça considerou, ainda, uma fala do próprio Santos em seu último show, em dezembro de 2018, quando ele disse que estava parando, mas "a dupla continua": "Eu quero parar, e o Gino vai continuar aí com o novo parceiro dele, que é gente da família também. Eu espero que vocês acreditem e sigam com ele", afirmou.Gino e Geno em nova formação, com o cantor Mauro AvanteDivulgaçãoNas redes sociais, Santos protestou e declarou que o ex-parceiro e o escritório que o gerenciava decidiram "arrancar" a identidade dele."Depois de 50 anos de carreira, o tempo me cobrou e precisei parar com as viagens e os shows. Mas a minha história na música continua. Estão usando a minha marca, sem a minha permissão e sob meus pedidos pra que não o façam. Colocaram uma outra pessoa, que agora chamam de “Geno”. Uma pessoa está se passando por mim", escreveu.Santos afirmou, ainda, que busca justiça e quer que sua história na música seja preservada."Nunca me opus que o Gino continuasse a cantar, mas sem o Geno. Assim como a vida, tudo tem fim. Estão tentando tomar meu nome e a minha história. Mas não vão conseguir", publicou.A reportagem entrou em contato com o advogado que representa a WM Eventos, mas não obteve retorno.Vídeos mais vistos no G1 MG:
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