Nesta terça-feira, 14 de junho, foi preso preventivamente Oseney da Costa de Oliveira, vulgo “Dos Santos”, de 41 anos, por suspeita de participação junto com seu irmão, Amarildo da Costa de Oliveira, vulgo “Pelado”, no caso do desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
A prisão, registrada com exclusividade pela equipe da Agência Pública na delegacia de Atalaia do Norte (AM), ocorreu por ele ser suspeito de “homicídio qualificado”, segundo informações da polícia à imprensa.
O delegado Alex Peres disse ainda, na frente da delegacia, que Oseney foi preso na cidade de Atalaia do Norte, na rua do Quixito. Indagado sobre a suposta participação do suspeito sob apuração, o delegado respondeu “efetiva”.
A respeito das motivações que o levaram a solicitar a prisão, o delegado respondeu: “Testemunhas. Elas colocaram os dois no local, supostamente, onde ocorreu o crime”. Perguntado sobre qual seria o crime sob investigação, o delegado disse “Suposto homicídio qualificado”.
Mais cedo, a Polícia Federal e a Polícia Civil de Atalaia do Norte realizaram uma operação na comunidade São Rafael, onde reside Amarildo, o “Pelado”, irmão de Oseney.
No local, apreenderam objetos dos moradores, dentre eles um remo. Segundo o delegado Alex Perez, alguns moradores foram ouvidos informalmente.
Em nota, o comitê de crise formado por diversos órgãos públicos, informou que Oseney da Costa de Oliveira será interrogado e encaminhado para audiência de custódia na Justiça de Atalaia do Norte. A nota informa ainda que “houve o cumprimento de 02 (dois) mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário em Atalaia do Norte/AM, tendo sido apreendidos alguns cartuchos de arma de fogo e um remo, os quais serão objeto de análise”.
As buscas
A Agência Pública apurou que o comitê de crise decidiu que as buscas se concentrarão até o final da tarde de amanhã, 15 de junho, no local em que foram encontrados pertences pessoais de Bruno Pereira e Dom Phillips. Caso outros itens não sejam localizados, as buscas deverão partir para outras partes a serem indicadas por indígenas ou ampliar o raio da procura a partir do ponto onde os itens foram encontrados.
O mau cheiro detectado no local, a princípio considerado um indício da presença de corpos naquele mesmo ponto, pode ter sido gerado pela decomposição de outros materiais orgânicos nos igapós, acelerada pela seca do rio, que teria baixado cerca de 60 cm naquele ponto do rio Itaquaí desde o domingo da semana passada, dia 5.
Fonte: Publica