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Arte e Cultura

Fabiana Karla se divide entre documentário 'Falas Femininas' e comédia com gravidade zero



"Não sei se faria de novo, não." A confissão é feita por Fabiana Karla após ser questionada sobre como se sentiu gravando cenas em simuladores da Nasa e em um avião em queda livre para refazer a ambientação de gravidade zero. O resultado da filmagem virou trechos do filme "Lucicreide vai pra marte", no qual Fabiana é protagonista e produtora.

Com o fechamento dos cinemas por causa das novas restrições decretadas para conter a pandemia de coronavírus, o filme entrou em pré-estreia quinta-feira (4) Fortaleza, Vitória, São Luís, Belo Horizonte, Recife, Teresina, Rio de Janeiro, Natal e Santos, cidades que ainda estão com as salas abertas.

O longa teve consultoria do astronauta e Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações Marcos Pontes.

"Ele foi uma peça fundamental, importantíssima. Eu conheço o Marcos antes de ele sonhar em ser ministro. Tive esse approach com o Marcos quando ele fez a primeira visita guiada em português na Nasa e eu estava presente", afirmou a atriz durante entrevista ao G1.

No bate-papo, a atriz também falou sobre sua saída do programa "Se joga" e do documentário "Falas Femininas", no qual intermedia o encontro entre cinco mulheres com realidades totalmente diferentes.

"Eu estava ali meio que provocando e mergulhando na intimidade delas e teve uma hora que eu mergulhei também. E a roda virou um personagem, porque a gente estava conversando numa roda de mulheres como se a gente estivesse em casa, com as tias, e se identificando de uma forma uma com as outras."

O especial vai ao ar nesta segunda-feira (8), na Globo, após o "BBB21", em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.

Fabiana Karla

Globo / Carol Vianna

Confira trechos da entrevista com Fabiana Karla:

G1 – Como foram feitas as cenas na Nasa para o filme?

Fabiana Karla - Esse filme é uma aventura, então foi uma aventura também gravar. E a gente poderia ter feito no simulador, mas a gente preferiu contar essa história de verdade. Até hoje não imagino como é que aceitei fazer aquilo, me sentindo crazy total, sem dublês. Mas existe uma pesquisa que a gente faz a respeito do treinamento dos astronautas e a gente quis ser o mais fiel possível, desde o figurino, a arte.

Foi muito louco reproduzir cenários em Recife, cenários da Nasa, fazer fielmente o figurino, que se esperou muito, teve que ser aprovado pela Nasa. Quando a gente viu, a gente estava, depois de um ano de negociação, nas dependências da Nasa, fazendo algo que poderia ser no simulador, mas não teria essa história pra contar.

É como se fosse um presente pro grande público. Embarcar com a gente em algo que, não sei, não é possível se fazer em qualquer momento. Sou muito grata a minha profissão de me fazer estar em lugares como aqueles, tendo experiências como aquelas.

Porque de fato gravar em avião em gravidade zero e nas dependências do Space Center, onde tem aquele take, "Lucicreide go to Mars, take one", a lágrima desceu. Porque é uma coisa muito emocionante. Foi tudo de verdade. O que vocês vão assistir é tudo o que a gente fez com coração na garganta mesmo.

G1 - Tentando não dar spoiler, A Lucicreide se deu super bem nos exercícios da Nasa. Mas como foi pra você essa questão do avião em queda, da gravidade zero? Qual a sensação? Sentiu algum desconforto?

Fabiana Karla - Olha, foi um misto de emoções. Porque, primeiro, eu também sou produtora do filme. Então na hora que eu estava deitada no avião pra gente começar o exercício, uma hora eu falava com minha voz, outra hora com a voz de Lucicreide, eu me posicionava pra voltar pra frente das câmeras, e eu me preocupava se estava indo tudo bem, porque a gente só tinha aquela oportunidade.

E o avião despencando lá no deserto de Nevada, com todos nós dentro, fazendo uma experiência que se eu pensasse duas vezes, eu não sei se eu fazia de novo.

Teve uma hora que deu muito medo e tinha que misturar o medo, abafar, e tentar fazer o meu melhor dentro daquele contexto. Não sei se faria de novo, não.

G1 - Você toparia uma viagem pra marte?

Fabiana Karla - Olha, sou muito curiosa. Fabiana não toparia, mas pode ser que se eu estiver vestida para o personagem, eu fico corajosa demais. Aí eu sou outra pessoa, tenho outro pensamento. Mas por enquanto Fabiana Karla ainda tem muita coisa pra fazer aqui na Terra.

Elendo de "Lucicreide vai pra marte"

Julia Equi/Divulgação

G1 -- O Marcos Pontes foi consultor pro filme. Foi ele também que intermediou contato com a Nasa?

Fabiana Karla - Ele foi uma peça fundamental, importantíssima. Eu conheço o Marcos antes de ele sonhar em ser ministro. Tive esse approach com o Marcos quando ele fez a primeira visita guiada em português na Nasa e eu estava presente. Eu estava em Orlando e fiz questão de conhecer.

Sempre fui muito entusiasta dessa coisa da temática espacial e sempre quis deixar a mensagem, no filme também, que as crianças brasileiras podem ter a vontade de um dia, quem sabe, serem astronautas.

G1 - Além da estreia do filme em breve você também lança em breve o documentário "Falas Femininas". Nele, você é mediadora de uma conversa entre cinco mulheres que falam sobre dores e alegrias. Como foi acompanhar esse encontro e intermediar essa conversa ? Como isso te tocou, te emocionou?

Fabiana Karla - Primeiro que aquilo é uma celebração às mulheres reais, é uma celebração pra o Dia da Mulher, mas a gente está falando pra indivíduos. O programa é lindo, todo feito por mulheres, acho que isso marca muito o audiovisual, porque o quantitativo de mulheres é sempre menor. E a gente, desde o embrião, conseguiu colocar esse olhar feminino, falar dos dilemas dessas mulheres, essas mulheres diversas.

Foi muito difícil a gente pegar só cinco histórias, porque são histórias de vidas maravilhosas, e a gente conseguiu colocar uma narrativa poética dentro desse formato de documentário.

Elas são as protagonistas. Eu estava ali meio que provocando e mergulhando na intimidade delas e teve uma hora que eu mergulhei também. E a roda virou um personagem, porque a gente estava conversando numa roda de mulheres como se a gente estivesse em casa, com as tias, e se identificando de uma forma uma com as outras.

G1 - Você comentou essa questão da minoria das mulheres. E no final do ano passado, conversei com algumas mulheres que estão fazendo humor na era do Tik-Tok e as questionei sobre a falta de espaço de mulheres nesse setor do entretenimento. Como você analisa isso? Acha que falta espaço para mulheres no humor?

Fabiana Karla - Não acho que somos minoria, a gente é um quantitativo enorme. Mas a oportunidade realmente às vezes falta. E acho que a gente tem muita mulher, sim. Mas falta muito mais. Por exemplo, quem dirigiu a "Escolinha", foi Cininha de Paula, que admiro super. Ela dirigiu o filme da Suzi Pires, que também é maravilhoso. Tem a Vivi Jundi, que também fez o DPA ("Detetives do Prédio Azul") comigo.

Acho que a gente tem nomes interessantes aí, que fazem a diferença. O negócio é realmente a gente segurar nas mãos e continuar buscando mais e mais essa acolhida e mostrando o trabalho das mulheres, maximizando vozes, abrindo janelas.

G1 – Você está lançando o filme, o documentário, deixou o programa "Se joga"... o que mais tem de novidades e planos profissionais para 2021?

Fabiana Karla - Olha, nesse momento só consigo pensar nesses dois projetos. Mas quando eu relaxar um pouquinho, aí é que eu vou resgatar os projetos que já estavam agendados e vou dar prioridade de acordo com o que a minha emoção falar mais alto. Porque tenho uns três roteiros de filmes e tenho uns projetos em andamento que não posso falar muito. Estou aguardando pra poder me posicionar. Te confesso que o olho brilho.

G1 - A sua saída do "Se joga", então, tem a ver com sua dedicação mais voltada pra carreira como atriz?

Fabiana Karla - Eu entendo que sou uma peça estratégica no tabuleiro da emissora e isso pra mim é muito tranquilo. Então estou sempre dentro de projetos grandiosos, interessantes, mas estou à serviço.

Então, dessa vez, o novo formato não me comporta. E aí já fui pro "Falas Femininas", que fui muito feliz fazendo. E estou esperando como a emissora vai mexer essas pedrinhas e é exatamente sobre esses dois convites que não posso me posicionar agora, mas já existem planos pra emissora pra mim. E estou muito feliz.

Sou essa pessoa que vive a serviço, que amo o que faço e aprendi muito com o "Se Joga", com a Fernanda [Gentil], com Érico [Brás], só tenho a torcer aqui pra que o programa seja ainda mais sucesso nas tardes de sábado.

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G1

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