Um ano bastante difícil para milhares de brasileiros. Desemprego, inflação, juros altos, desvalorização da renda, orçamento apertado. Resultado? A conta não fecha. Conforme o Conselho Nacional do Comércio (CNC), em estudo referente ao mês de agosto de 2022, o número de endividados é o maior índice da série histórica (iniciada em 2010) e 8 em cada 10 famílias possuem dívidas.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), 1 em cada 4 brasileiros não consegue quitar todas as obrigações do mês. Dados da Serasa Experian mostram que o número de brasileiros que não conseguem pagar suas dívidas atingiu o recorde de 66 milhões neste ano. Para fugir dessa estatística, ou sair dela, e começar bem 2023, existem soluções que podem ser colocadas em prática agora, pois quanto antes começar, melhor.
Segundo a professora de Gestão Financeira do IBMR, Emilene Faria Mesquita, são vários os fatores que contribuíram para o atual cenário, mas ressalta que a falta da educação financeira é a principal causa para o endividamento das pessoas. Vemos com recorrência nas redes sociais pessoas que compram algo e postam com aquela célebre frase “comprei, porque eu mereço”. Mas será que é assim mesmo que devemos agir? “Muitos não conhecem a importância do dinheiro e a forma correta de utilizá-lo, por isso são, de alguma forma, influenciados a gastar sem qualquer motivo, apenas pelo prazer momentâneo do consumo”, conta a professora. Um ponto importante levantado por Emilene é a fuga da realidade do ganho x gasto, levando a pessoa a recorrer a empréstimos para manter um status que, muitas vezes, não é condizente com a realidade.
A professora fala que existem aplicativos de celular que podem ajudar, e muito, nessa reorganização financeira, mas relembra da boa e velha planilha, seja no computador ou no caderno mesmo, para começar a repensar os gastos. “De nada adianta se a pessoa não estabelecer um propósito e um comportamento focado na gestão financeira”, completa. Ela ressalta que as pessoas devem pagar em dia suas contas, mas que precisam se planejar para realizar sonhos. “Dá para viajar nas férias, se a pessoa se organizar direito”, dá o exemplo.
Como me organizar?
O primeiro passo, de acordo com Emilene, é compreender qual é o seu real padrão de vida, contextualizando seus gastos essenciais e o quanto recebe, fazer um diagnóstico financeiro e entender com o que o seu orçamento está comprometido de fato. Feito isso, o próximo ponto é ajustar sua realidade financeira aos custos que são fixos, verificando se existem formas de diminuí-los. Os básicos são alimentação, moradia, saúde e educação. Para esses, podemos avaliar se não existem alternativas. Por exemplo, se você paga aluguel, coloque na ponta do lápis de não vale a pena escolher um imóvel mais barato ou tente negociar um desconto com o locatário, se você costuma se alimentar na rua no horário de trabalho, pese se não vale mais a pena comer em casa do que em restaurantes ou levar marmitas, procure marcas ou produtos mais em conta nos supermercados.
Além dos gastos mensais, no início do ano, existem aquelas contas que são mais onerosas (IPTU, IPVA, matrícula e material escolar). Para esses, a dica da professora é economizar nos meses cujos gastos costumam ser menores e evitar compras desnecessárias. “Pense duas, três, quatro vezes se você preciso mesmo de um produto antes de estourar seu cartão de crédito”.
Outra dica da professora é guardar uma parcela do salário, independente da quantia, com o propósito de criar uma reserva estratégica, fazer o seu pé de meia para realizar aquele sonho ou custear emergências futuras. O ideal é que esse valor seja investido em algo que te impeça de mexer nele e que garanta um rendimento.
A especialista pondera sobre o uso do 13? e férias para pagar dívidas, exceto se não existir alternativa. O valor deve ser um aliado para sua independência financeira e para custear seu merecido desconto, não para pagar contas em atraso. “Você quita uma dívida agora e, em poucos meses, estará com outra nova”, afirma.
Cuidar da saúde financeira, na visão da professora, é tão importante que, se mal gerida, pode afetar outros aspectos da vida. Se não feito diariamente, pesando sempre se aquele gasto é essencial mesmo, as dívidas vão te engolir e dissolvê-las pode se tornar impossível.
Aplicativos que salvam
O coordenador do curso de Gestão da Tecnologia da Informação do IBMR, Wellington Avilla, enumera os 5 melhores aplicativos para organizar a vida financeira.- Mobills.
- Orçamento Fácil.
- Organizze.
- Minhas economias.
- Money Lover.
Sobre o IBMR
Com o propósito de transformar vidas promovendo o saber e a empregabilidade, o Centro Universitário IBMR está entre os três melhores centros universitários privados do estado do Rio de Janeiro, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). Os campi estão localizados na Barra, Botafogo e Catete. São 53 anos de tradição em ensino superior oferecendo mais de 60 opções de cursos de graduação nas modalidades presencial, semipresencial, EaD e Live, além de pós-graduação lato sensu e extensão.
As melhores práticas acadêmicas já renderam ao Centro Universitário IBMR o 1º lugar na avaliação do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) em Biomedicina e Fisioterapia, entre as escolas privadas do Rio de Janeiro. A Clínica-escola é referência em ações de responsabilidade social, bem-estar e cuidados de saúde. Os alunos realizam, sob supervisão de profissionais da área, atendimentos humanizados, personalizados e gratuitos em instalações modernas e confortáveis. A instituição preza em oferecer um ensino acessível, próximo e completo baseado em seus pilares de empregabilidade, infraestrutura completa, proximidade e acessibilidade.
