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Arte e Cultura

Álbum de Elis Regina em 1972 é reeditado em LP e CD com nova mixagem feita por João Marcelo Bôscoli


Arquitetado desde 2012, o relançamento do disco celebra o 76º aniversário da cantora nascida em 17 de março de 1945. ? Em abril de 2012, João Marcelo Bôscoli iniciou no estúdio Trama, na cidade de São Paulo (SP), o meticuloso trabalho de remixagem do álbum Elis, lançado originalmente em 1972 pela gravadora Philips.

A intenção era lançar ainda naquele ano de 2012 uma edição comemorativa de 40 anos de um dos discos mais celebrados de Elis Regina (17 de março de 1945 – 19 de janeiro de 1982) com novas mixagens e masterização, nos moldes do que Bôscoli, filho da cantora gaúcha, já tinha feito com os álbuns Elis & Tom (1974), Falso brilhante (1976) e Elis (1980). Só que Elis não ressurgiu no mercado fonográfico em 2012 e tampouco em 2018, como também chegou a ser noticiado.

Nove anos após o início da mixagem, a gravadora Universal Music usa como gancho o 76º aniversário da artista – que poderia estar sendo festejado hoje, 17 de março de 2021, se a cantora não tivesse partido tão precocemente num rabo de foguete – para enfim apresentar a edição remixada e remasterizada (por Carlos Freitas) do álbum Elis, 49 anos após o lançamento do LP original.

O disco está sendo revitalizado no formato original de LP, em CD e em edição digital. Décimo primeiro álbum solo de estúdio da cantora, o LP Elis foi produzido por Roberto Menescal com arranjos do pianista César Camargo Mariano.

Trata-se do disco que deu início à fundamental associação de Elis com César após dois álbuns – ...Em pleno verão (1970) e Ela (1971) – produzidos por Nelson Motta, arquiteto da modernização do som e da imagem da cantora no alvorecer da década de 1970. Guiada por Motta, Elis soou mais antenada com o som pop da época, sepultando a imagem da artista refratária às revoluções musicais da segunda metade dos anos 1960.

Além dos arranjos de César Camargo Mariano, o álbum Elis é cultuado pelo excepcional repertório recolhido por Menescal, então diretor artístico da gravadora Philips.

No disco, Elis deu voz a músicas do porte de Atrás da porta (Francis Hime e Chico Buarque, 1972), Águas de março (Antonio Carlos Jobim, 1972), Bala com bala (João Bosco e Aldir Blanc, 1972), Cais (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1972), Casa no campo (Tavito e Zé Rodrix), Me deixa em paz (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza, 1971), Mucuripe (Fagner e Belchior, 1972), Nada será como antes (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 1971) e Vinte anos blue (Sueli Costa e Vitor Martins, 1972).

As únicas músicas antigas desse repertório então recente e majoritariamente inédito eram a valsa Boa noite, amor (José Maria de Abreu e Francisco Matoso, 1936) e o samba-canção Vida de bailarina (Chocolate e Américo Seixas, 1953), regravado por Elis para simbolizar o reconhecimento da influência exercida pela antecessora Angela Maria (1929 – 2018), intérprete original do tema, no canto da artista gaúcha na fase inicial da carreira.

Entre tantos sucessos, a única música que permaneceu obscura no repertório do antológico álbum Elis é Olhos abertos, parceria de Zé Rodrix (1947 – 2009) com Guarabyra. Todas as outras passaram para a posteridade, assim como o disco e o canto imortal de Elis Regina Carvalho Costa.

G1

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