Ele viveu antes dos dinossauros, habitou a Terra há cerca de 237 milhões de anos e foi o maior carnívoro de sua época. Paleontólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), descobriram o fóssil de um réptil pré-histórico no Rio Grande do Sul que faz parte de um grupo de répteis conhecidos como pseudosuchianos, o primeiro desse tipo a ser visto no Brasil e o batizaram de Parvosuchus aurelioi.
Segundo os pesquisadores durante o Período Triássico (252 a 201 milhões de anos), esses animais eram os maiores carnívoros dos ecossistemas terrestres. Porém diferente dos dinossauros os pseudosuchianos exibiam uma diversidade em termos de formas e tamanhos.
Parte do esqueleto encontrado pelos paleontólogos consiste em um crânio completo incluindo a mandíbula, 11 vértebras dorsais, uma pélvis e membros parcialmente preservados. O nome Parvosuchus aurelioi vem de ‘parvus’ (pequeno) e ‘suchus’ (crocodilo) e homenageia o paleontólogo Pedro Lucas Porcela Aurélio, que descobriu os materiais fósseis. Esses répteis eram caracterizados por terem uma cabeça relativamente grande com amplas aberturas, dentes carnívoros, membros delgados e postura quadrúpede
- O crânio mede 14,4 centímetros de comprimento e apresenta mandíbulas longas e ligeiramente finas, com dentes pontiagudos que se curvam para trás, com direito a várias aberturas no crânio. O esqueleto é leve, e tem menos de um metro de comprimento total. Vale destacar que os ecossistemas do Triássico que precederam os dinossauros eram compostos por uma grande variedade de répteis da linhagem dos crocodilianos - destacam os paleontólogos.
A descoberta do Parvosuchus aurelioi é importante pois é o primeiro representante desse tipo encontrado no Brasil. Antes, outros membros menores dos pseudosuchianos haviam sido identificados em regiões como a China e a Argentina, mas nunca em território brasileiro. Os pseudosuchianos dominaram os ecossistemas terrestres antes do surgimento dos dinossauros, alcançando uma diversidade taxonômica e ecológica.
Fonte: Scientific Reports