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Arte e Cultura

Kawe: quem é o rapper do hit 'MDS', que junta o trap dos EUA com o funk da Zona Leste de SP


Cantor de 21 anos emplacou uma das músicas mais tocadas de 2021 no Brasil juntando o subgênero do rap com a linguagem do funk paulista; ouça história em podcast. O clipe de "MDS", uma das músicas mais tocadas no Brasil nos últimos meses, mostra Kawe Cordeiro dos Santos, 21 anos, passeando de lancha, tranquilo. Mas ele não teve vida fácil. O MC da Zona Leste de São Paulo não apenas batalhou - ele teve que criar sua própria batalha de rap.

Kawe começou como cantor de funk em São Mateus, mas a empreitada no mercado saturado do funk não deu muito certo. Fo quando ele se interessou pelo rap. O músico se encantou pelas batalhas de rimas, mas não havia uma acessível perto de sua casa.

O podcast G1 Ouviu conta histórias de cinco jovens MCs de trap que fazem muito sucesso e furam a bolha do estilo. Ouça acima.

O jovem Kawe criou sua disputa de MCs. "Comecei a ver pela internet, só que não tinha ali onde eu morava. Comecei a fazer, se chamava Batalha da Praça, na pracinha da minha rua. Daí para frente foi só progresso. Conheci outras batalhas várias depois", ele conta.

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Quando ele conseguiu crescer na cena de novos rappers de São Paulo, Kawe conheceu nas batalhas aliados que também ficariam famosos ao sair dessa cena, como Lucas Penteado, do "BBB21" e o Salvador da Rima.

As bases das músicas de Kawe são de trap, subgênero do rap nascido em Atlanta, no sul dos EUA. Mas ele fala a língua de Sâo Mateus mesmo. Seus versos conversam com o funk, em especial a nova onda "consciente". Lele JP, parceiro em "MDS", faz parte dessa geração.

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Kawe

Ernesto Andrade / Divulgação

Kawe achou lugar comum entre as letras de autoelogio do trap e as histórias de superação do funk, como em outro hit, "Iluminado". "Como a gente veio de um lugar em que era difícil ter alguma coisa, conseguimos passar uma mensagem que o público absorve como se fosse parte da vida dele", diz.

Mas ele não fala só de superação. As drogas são um tema central no trap dos EUA - seja por escapismo ou por diversão mesmo. E elas também aparecem nas letras do Kawe, o que é óbvio em "MDS".

"Tem que ter um cuidado", ele diz sobre abordar o tema nas letras. "Não é para induzir alguém a fazer uma parada, mas é para dar uma 'vibe' diferenciada. Aí vai da pessoa", ele relativiza.

Curiosamente, os versos misturam hedonismo e fé em Deus. "Hoje em dia não bebo, nem fumo, nem faço nada. Eu não falo só o que eu estou vivendo no momento, mas coisa que eu já passei. Acho que é importante falar o que já passou também. As experiências na vida", Kawe reflete.

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